A glicose é um carboidrato simples (açúcar) muito importante para o funcionamento do nosso corpo. Ela está presente em alimentos como frutas, batatas, pães e massas. É a partir dela que o nosso cérebro realiza as sinapses neuronais e que os nossos músculos produzem energia para contrair e relaxar.
A diminuição de glicose no organismo (hipoglicemia), provoca efeitos colaterais graves como enjoo, tontura, confusão mental, desmaio e até coma. Já o excesso de glicose também é bastante prejudicial e pode estar relacionado ao Diabetes – uma doença crônica bastante grave.
“O Diabetes pode levar à complicações graves como a aterosclerose, a obstrução das artérias que provoca os infartos do coração. Lesões nos rins, nos olhos, feridas e perdas de membros por conta da insuficiência arterial também podem ser provocadas pelo Diabetes” – Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729), Médica Endocrinologista.
Abaixo, a Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729), Médica Endocrinologista da Clínica Cardiosport, explica como acontece e quais os riscos do Diabetes.
O Diabetes
Sempre que ingerimos um alimento, nosso organismo realiza uma série de reações. Entre as principais, está a liberação de um hormônio muito importante pelo nosso pâncreas: a insulina.
O principal objetivo da insulina é transportar a glicose presente em nosso sangue para dentro das células, para que essa substância possa enfim ser utilizada como fonte de energia e/ou ser estocada como reserva.
No entanto, a falta de insulina – ou a incapacidade desse hormônio de levar o açúcar para dentro das células (uma possível causa seria a resistência insulínica), provoca o aumento dos níveis de glicose no organismo (hiperglicemia).
“Existem diversas formas de Diabetes. As mais comuns, que correspondem a 95% dos casos, são os Diabetes Tipo 1 e Tipo 2. Diabetes como o LADA (uma doença autoimune) e o MODY (proveniente de características genéticas), são menos comuns” – Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729), Médica Endocrinologista.
Principais Tipos de Diabetes
Diabetes tipo 1:
É conhecido como o “Diabetes infantil”. Nesses casos, os pacientes nascem com uma doença de característica autoimune. Nela, o próprio sistema imunológico do indivíduo “ataca” as células pancreáticas que são responsáveis pela produção de insulina, levando à diminuição progressiva da produção do hormônio.
O Diabetes Tipo 1 costuma se manifestar mais fortemente a partir dos 6 meses de idade, quando a produção de anticorpos pelo organismo da criança já é mais avançada e, consequentemente, a destruição das células pancreáticas também. Os pacientes podem sofrer com fraqueza, adinamia, diarreia, vômito, inapetência e dificuldade de ganhar peso. A hospitalização pode ser necessária e o tratamento com reposição de insulina deve ser imediato.
Diabetes tipo 2:
É o chamado Diabetes do adulto. Costuma ser diagnosticado por volta dos 35 – 40 anos de idade. Nestes casos, o paciente não apresenta uma doença autoimune, no entanto, sofre com a diminuição da produção de insulina pelo pâncreas ao longo do tempo e com a redução da capacidade das células de captá-la, a chamada resistência à insulina.
Os pacientes com Diabetes tipo 2 costumam ter outros problemas de saúde associados, especialmente o sedentarismo, os maus hábitos alimentares, colesterol alto, hipertensão e o excesso de peso. Os processos inflamatórios decorrentes de todos esses problemas podem interferir no funcionamento do pâncreas e prejudicar o funcionamento dos receptores de insulina presentes nas membranas das células, impedindo que o hormônio seja captado e possa transportar a glicose adequadamente.
Nos próximos textos, nós iremos detalhar os riscos e a importância do exercício físico e da alimentação saudável para os pacientes com Diabetes. Confira estas e outras informações sobre saúde no Blog da Clínica Cardiosport.
Sobre a autora:
Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729) é Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Médica Endocrinologista da Clínica Cardiosport. Graduou-se em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Fez Residência Médica de Clínica Médica no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (2011 – 2013) e Residência Médica de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Federal da Lagoa (2014-2016).